Será que você ocupa um lugar disfuncional nos seus relacionamentos?
Podemos ocupar 4 posições distintas.
Três são disfuncionais e uma é funcional.
Vamos começar esse papo?
Eu acredito que as relações são nossas maiores riquezas.
Quando temos relações saudáveis nos sentimos mais equilibrados, fortes e temos segurança psicológica.
O motivo mais comum pelo qual as pessoas me procuram é para cuidar de suas relações que estão trazendo dores emocionais e por vezes dores físicas.
Se você tem uma relação difícil com alguém é necessário olhar para o seu lugar nesta dinâmica e como você se sente. Nem sempre é fácil mas sempre vale a pena.
Compreender a forma como você se posiciona, como age e reage, como se comunica fará toda a diferença.
Na dinâmica das relações podemos estar vivendo um drama, e todo drama tem atores.
Tem o vilão ou vilã, a vítima, o herói ou a heroína.
Nenhum destes papéis é funcional, benéfico, saudável.
Talvez você esteja se perguntando, até o de herói e de heroína?
Sim, até estes.
Sabe o porquê?
Porque a pessoa pensa que pode salvar a outra pessoa, puxa para si coisas que não são dela e se sobrecarrega. Tem uma ótima intenção, se sente bem ajudando, se sente amada, útil mas não vê a força do outro e não contribui para sua autonomia.
Amarre sempre os sapatos de seu filho e ele sempre precisará de você.
Além disso, descuida de seus projetos pois não está inteira no seu próprio caminho, busca o amor ajudando em demasia o outro. É aquela pessoa boazinha de plantão. Mas um dia a conta chega e ela pode se sentir muito frustrada por não ter trabalho em sua própria obra e ainda culpar o outro. Definitivamente, é disfuncional.
Já o papel de vilão e vilã é mais comum do que a gente imagina. Ficamos com aquela imagem dos vilões dos filmes e achamos que estamos distantes de ser um deles.
Mas não! Somos vilões nas relações quando não respeitamos o querer do outro e achamos que tem que ser do nosso jeito. Somos vilões quando nos sentimos superiores ao outro e o julgamos de maneira a diminuí-los. Não consideramos o outro, falta empatia pela sua visão de mundo, impomos nosso ponto de vista.
Ninguém quer ser confundido com o violão, mas todos nós ocupamos este lugar vez ou outra.
E todo o vilão sempre encontra a sua vítima que se submete a esta relação abusiva, tóxica.
A vítima não está ainda conectada com sua força, sua autonomia. Sente-se menor, refém, reclama, não age. Fica inerte e, como dizia Bert Hellinger, tem companhia, pois a vítima sempre tem ao seu lado aliados contra o vilão. É complexo esse lugar. Sair dele exige a reunião de forças internas para dar um passo e se colocar do seu real tamanho, o tamanho de uma pessoa adulta responsável.
Percebem o drama nisso tudo? Às vezes, vivemos os três papéis todos os dias em diferentes contextos.
Então, que papel nos resta viver?
Existe um quarto papel disponível para nós, o de Responsabilidade.
Quando estamos neste lugar de responsabilidade nos sentimos centrados, responsáveis pelas nossas escolhas. Assumimos as boas e más consequências de nossas ações, nos posicionamos quando alguém nos viola e colocamos limites. Dizemos “não, obrigado” aos salvadores que querem nos salvar mesmo quando não pedimos. Não nos vitimizamos.
Percebem que poder pessoal existe nesse lugar?
Se você anda tendo problemas nas suas relações, vá fazendo suas checagens aí para perceber como anda a dinâmica dos diferentes papéis.
Se sentir que precisa de mais clareza, tomada de consciência do lugar que ocupa nas suas relações, conexão com suas forças internas, não hesite em pedir.
Estou por aqui para facilitar seu caminho até o lugar de Responsabilidade em sua vida.
Vamos em frente!
Renata Custódio
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